A diretora Marielly, pode participar de uma entrevista com o canal local onde o tema era: O uso do celular na escola. Ela achou interessante compartilhar aqui no BLOG para que quem não pode ver, possa ler sobre este tema tão importante e que está em discussão : O projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas no estado foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na terça-feira (12)
“É um prazer compartilhar o posicionamento da nossa escola sobre um tema tão relevante como o uso do celular e da tecnologia no ambiente escolar.
Primeiramente, queremos destacar que somos contra o uso de celulares por parte dos alunos na escola. Nossa visão é que o celular, sendo um dispositivo pessoal, traz consigo distrações que dificultam a concentração e o engajamento dos alunos nas atividades pedagógicas. A escola, no entanto, valoriza a tecnologia como uma ferramenta poderosa de ensino, e é por isso que defendemos o uso de recursos tecnológicos disponibilizados pela própria instituição. Esses recursos são cuidadosamente selecionados e preparados para promover o aprendizado de forma segura e adequada à faixa etária das crianças.
Vivemos em um mundo onde as crianças já nascem imersas na tecnologia; são os chamados nativos digitais. Sabemos, então, da importância de ensinar essas novas gerações a usar a tecnologia de maneira responsável, respeitando limites e entendendo seu propósito educacional. É fundamental que os alunos aprendam desde cedo a diferenciar o uso produtivo da tecnologia daquele uso sem propósito que acaba gerando uma relação de dependência. Nosso papel, como educadores, é exatamente esse: mediar, orientar e promover o uso consciente dos recursos tecnológicos, preparando nossos alunos para que se tornem adultos equilibrados e responsáveis também no mundo digital.
Temos observado, infelizmente, que algumas crianças chegam à escola demonstrando sinais de abstinência de tela, o que é bastante preocupante. Muitas delas, ao passarem longos períodos em contato com o celular ou outros dispositivos, desenvolvem uma necessidade de uso frequente que interfere na adaptação ao ambiente escolar e na interação social. Esse fenômeno reflete uma dificuldade cada vez mais presente, em que o uso descontrolado da tecnologia em casa impacta o desenvolvimento emocional e a capacidade de se envolverem em atividades coletivas e presenciais.
Além disso, reconhecemos a diversidade nas posturas das famílias em relação ao uso de telas. Há pais que adotam uma postura mais permissiva, permitindo o acesso a telas sem muito controle, enquanto outros defendem uma política de “zero telas”, evitando qualquer exposição. Essa diversidade de perfis familiares é natural e respeitada, mas precisamos que o espaço escolar funcione como um ponto de equilíbrio. Na escola, buscamos criar um ambiente onde todas as crianças, independente da rotina de telas em casa, possam se adaptar ao uso educativo e monitorado da tecnologia.
Acreditamos, também, que o espaço escolar é um ambiente fundamental para o desenvolvimento de habilidades sociais e para a troca de experiências e informações entre as crianças. Nesse sentido, o uso do celular pode ter um efeito contrário, isolando as crianças em atividades individuais e tirando delas a oportunidade de interagir e aprender com os colegas. Queremos que nossos alunos aprendam a conviver, a compartilhar, a se comunicar e a entender a importância de uma relação saudável e equilibrada com as pessoas e com o mundo ao seu redor.
Assim, reiteramos que o papel da escola é educar, formar e preparar as crianças para o futuro. A tecnologia é, sem dúvidas, uma ferramenta que faz parte desse processo, mas deve ser usada de forma controlada e com objetivos claros. Queremos que os alunos compreendam que a escola é um espaço de aprendizado coletivo e que o uso da tecnologia aqui deve refletir essa busca pelo conhecimento compartilhado e pela troca de experiências.
Essa é a nossa visão: utilizar a tecnologia de forma equilibrada e educativa, sempre visando o desenvolvimento integral das crianças e o bem-estar de toda a comunidade escolar.”